Cadão Volpato, Valor Online
“Entra ano, sai ano, é sempre a mesma
coisa: uma horda de novos e velhos roqueiros vem nos visitar. Às vezes, eles
aparecem só em
espírito. Muito frequente, porém, é a presença em carne e
osso de algum velho astro de longa cabeleira rala e pintada, barriga saliente
escondida atrás da guitarra e gritos roucos para eletrizar tanto os fãs que
permanecem no lado errado dos 50 anos quanto aqueles que ainda estão no ABC do
rock, andando de mãos dadas com os pais.
Dois mil e doze promete diversões variadas
para cada estação. Começa com uma exposição, a "Let's Rock" (entre
4/4 e 27/5), um nome singelo para agregar pocket shows, wokshops, filmes e
documentários de rock, além de uma palestra de Bob Gruen, um dos grandes
fotógrafos do gênero, na Oca de Niemeyer, no parque Ibirapuera. Setenta fotos
de Gruen serão expostas - ele clicou todos os suspeitos de sempre, de John
Lennon a The Clash, passando por Bob Dylan e Led Zeppelin. O fotógrafo também
vai falar dos bastidores dessas fotos históricas.
O Brasil tem o seu próprio Bob Gruen na
pessoa de Rui Mendes, um veterano da cena roqueira que fotografou, por exemplo,
o Ira!, quando a banda ainda nem usava o ponto de exclamação na frente do nome.
Assim como Gruen, ele acabou inventando o próprio estilo. "Lia muito as
revistas dos super-heróis Marvel", diz. "A luz e o posicionamento dos
artistas de rock que fotografei têm muito a ver com os quadrinhos."
As fotos de Mendes capturaram os roqueiros
paulistas dos anos 1980 no berço. Mas não só: Renato Russo e Legião Urbana,
Capital Inicial e Plebe Rude foram fotografados antes do sucesso nacional, ao
passar por São Paulo, vindos de Brasília, e a caminho do Rio. Todo roqueiro
brasileiro que importava posou para ele em fotos agora históricas.”
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