Danillo Oliveira,
Portal Imprensa
“Fotógrafo desde
1976, antes da empreitada pessoal Simões dedicou boa parte da carreira ao
fotojornalismo. Em 1979, ajudou a fundar a agência F4, mantendo a função de
editor de fotografia em passagens nas revistas IstoÉ, Goodyear, Bravo e República. Recebeu o Prêmio Vladimir Herzog
de Direitos Humanos de 1980, e, em 1989, o Prêmio Aberje de Fotografia.
Para viajar à
Amazônia, o fotógrafo levou duas câmeras Hasselblad, de formato quadrado. A
alta qualidade dos 474 filmes preto e branco permitiu registrar melhor suas
impressões sobre as pessoas e paisagens que o encantaram ao longo das cinco
expedições realizadas no ano passado. O projeto saiu do papel com patrocínio da
Natura e incentivo do Ministério da Cultura.
Buscando
conhecer de perto locais específicos, Simões escolheu o Amazonas, Acre, Pará,
Amapá, Roraima e Rondônia. Chegou a registrar os Parques Nacionais da Serra do
Divisor, Monte Roraima, Parque Estadual do Iratapuru, entre outros. Para ele,
apesar das dificuldades de deslocamento, a pouca mobilidade das câmeras
Hasselblad foi positiva na medida em que “obriga uma aproximação lenta e
cuidadosa com os objetos fotografados, sejam eles pessoas ou a própria
natureza”.
As imagens da
obra se distanciam do jornalismo, revelando uma relação afetiva do autor diante
da natureza e das pessoas que a compõem. Simões não tinha pretensões de fazer
algo documental ou realista. Cada fotografia procura aproximar o observador de
uma história a ser contada pelo fotógrafo. “Ao fazer esse livro eu estava mais
preocupado com a vivência, não a minha pessoal, mas a dos leitores com a
Amazônia. Não queria apresentar uma tese sobre a região, muito menos lançar
receitas sobre como devemos cuidar do nosso tesouro”, explica.”
Foto: Edu
Simões
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