Bruno Carmelo, do blog Discurso-Imagem
/ Outras Palavras
Para a surpresa geral, na lista divulgada poucos dias atrás, um novo filme tomou à dianteira: Um Corpo Que Cai (1958), de Alfred Hitchcock. Pequena revolução midiática: vários jornais fizeram notícias a respeito, diversos críticos foram questionados sobre o “novo melhor filme da história”, encorajados a explicar porque este é melhor que aquele. Alguns críticos, como o popular Rubens Ewald Filho, reclamaram por não terem sido convidados a votar.
A partir destes fatos, uma coisa é clara:
desde que foi realizado, Cidadão Kane
não mudou, Um Corpo Que Cai
também não. Nenhuma descoberta ou invenção de nossos dias permite justificar um
novo valor atribuído a estes filmes. Ou seja, o único elemento que se modificou
nesta equação foram os próprios críticos, que decidiram não mais seguir o voto
que eles mesmos ajudaram a construir, e preferiram se distinguir. A crítica procurou, por um lance
estratégico, chamar novamente a atenção.”
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