A volta do vingador (e do criador) do futuro


Marcelo Rezende, Valor Online

“Uma das mais estranhas experiências vividas pelo escritor Philip K. Dick (1928-1982) aconteceu nos anos 1970, quando um vendedor bateu à sua porta. Ao observar que o homem usava no pescoço um pingente em forma de peixe, K. Dick acreditou finalmente ter descoberto a verdade: ele não estava no século XX, mas no ano 2 da era cristã. O império romano apenas criara a ilusão de que o tempo tinha passado, para assim combater o cristianismo - representado pela figura do peixe.

Paranoico? Doentio? Assim foi Philip K. Dick, a mente única por trás de "O Vingador do Futuro", cujo remake tem estreia amanhã no Brasil.
No filme, Douglas Quaid (interpretado por Arnold Schwarzenegger e, agora, por Colin Farrell) é um operário que vê a linha entre fantasia e realidade ficar distorcida depois de procurar uma empresa que implanta memórias artificiais. A história tem como base o conto "Lembramos para Você a Preço de Atacado", que integra a coletânea "Realidades Adaptadas" (Editora Aleph). Recém-lançado, o livro reúne sete contos de K. Dick que se tornaram sucessos de bilheteria no cinema, como "Minority Report".

Responsável pela reinvenção da ficção científica no cinema e na literatura, K. Dick tinha um mandamento: nunca é possível acreditar que o real está naquilo que os olhos veem.

Histórias curiosas sobre sua vida - como a do pingente de peixe - são apresentadas na biografia "Je Suis Vivant et Vous Êtes Morts" (Eu estou vivo e vocês estão mortos), escrita pelo romancista francês Emmanuel Carrère e publicada em 1993, nove anos depois da morte de K. Dick, aos 53 anos, em virtude do vício em anfetamina. Na época (o início da década de 1990), K. Dick havia deixado de ser apenas uma figura exótica vinda de publicações dedicadas exclusivamente à ficção científica para se tornar muito maior.”
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