“Mais do que um filme que evita tratar o
tema Espiritismo para um nicho de público especializado, "Chico
Xavier" de Daniel Filho apresenta um sintoma do destino da religisiosidade
e do sagrado na atualidade. Ao tratar o tema de forma comercial para um grande
público (sejam ateus, católicos ou mesmo espíritas) acaba reduzindo o
Espiritismo ao mínimo denominador comum de toda religiosidade na indústria do
entretenimento: iconolatria e um, por assim dizer, ecumenismo pós-moderno que
filtra a vida de Chico Xavier através do ideário pragmático da autoajuda.
Depois da
comédia de costumes, os olhos do cinema de massa do chamado período de
“retomada” do cinema brasileiro volta-se para o Espiritismo e religiosidade.
Depois do sucesso de “Bezerra de Menezes – Diário de um Espírito” de Glauber
Filho e José Pimentel, o diretor Daniel Filho (no esteio de sucessos de
bilheterias à época como “Se Eu Fosse Você”) explorou esse novo filão temático
do cinema brasileiro.
A primeira coisa
que chama a atenção no filme “Chico Xavier” é o apuro técnico com muitos
travellings e movimentos de grua com câmera, a decupagem “clipada” e inquieta,
a narrativa marcada por sucessivos flash backs (o eixo da narrativa – o “tempo
presente” – é a noite da histórica participação do protagonista no Programa
“Pinga Fogo” da TV Tupi em 1971 que, programado para uma hora, acabou se
estendendo para três).”
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