A segunda adolescência


Para se proteger de um mundo de regras, os amigos decidem viver em comunidade no fim da vida
Matheus Pichonelli, Carta Capital


“Dia desses, passou no Telecine Cult um filme que fez a cabeça de 11 em cada dez adolescentes que assistiam à Sessão da Tarde no fim dos anos 80: Curtindo a Vida Adoidado.

Era o pop do pop. Um adolescente inquieto interpretado por Matthew Broderick finge estar doente para matar a aula e, junto com a namorada e um amigo, aproveitar um mundo proibido. O plano, observado tantos anos depois, não podia ser menos audacioso: uma vez livre dos adultos, o trio não fazia nada demais a não ser visitar museus, pontos turísticos, restaurantes e gastar horas na piscina falando sobre a vida. Ainda assim, era como experimentar a última fresta de luz de uma janela prestes a ser fechada, sem ter ideia para onde, como e com quem seguir dali para frente.

O modelo estava dado. De um lado, adultos criavam as regras e, de outro, os jovens as desafiavam. Era preciso dar um nó nos pais, professores e demais autoridades para se sentir minimamente vivo. O futuro era uma vida de obrigações e o presente, um instante não-renovável.

Mal sabia Ferris Bueller, o personagem de Broderick, que aquela adolescência era baba perto do que viria anos à frente. Porque, quando ganhasse o ingresso para a terceira idade, um novo espírito adolescente pediria passagem: de um lado, o mundo das regras, regulado pelos familiares economicamente ativos e, de outro, o espírito inquieto de quem não está disposto a vestir o uniforme socialmente reservado ao descanso, à docilidade, à vida privada de prazeres ou desafios.”
Artigo Completo, ::AQUI::

Um comentário:

Anônimo disse...



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