André Setaro, Blog do André
Setaro, Terra Magazine
“Não
é minha lista definitiva, porque, para isso, precisaria pesquisar. Mas uma
relação de filmes que considero os melhores que já foram feitos elaborada com a
ajuda da memória, e procurando evitar a repetição de diretores. De Hitchcock,
por exemplo, poderia incluir mais dois ou três filmes, e, principalmente, Psicose
(Psycho, 1960), mas dei preferência a Um corpo
que cai (Vertigo, 1957), ainda que com certa relutância. Feita
e digitada, lembrei-me de Akira Kurosawa cujo Viver (Ikiru,
1953), que considero seu melhor trabalho, é uma obra mais que prima. Veio-me
também à memória Contos da lua vaga (Ugetsu Monogatari,
1953), de Kenji Mizoguchi, que admiro profundamente. Daí a imperfeição da
lista, embora as obras citadas correspondam às minhas preferências. O problema
é a limitação de 20 títulos, que, para um cinéfilo compulsivo, traz alguma
aflição na hora da escolha para a inclusão. Como um montador de filmes que,
tendo filmado 3 horas, vê-se obrigado a reduzí-lo para 90 minutos. Dos 20
listados, há um que poderia ficar como o vigéssimo-primeiro, mas preferi dar
este mesmo número. Trata-se de O otário (The patsy, 1964),
de Jerry Lewis, uma obra-prima não devidamente (ainda?) verificada pelos
exegetas da arte do filme. Em alguns casos, preferi, como no de Billy Wilder,
colocar um filme seu mais esquecido, a exemplo de Avanti!, embora admire muito
quase toda a sua filmografia (Se meu apartamento falasse, Quanto
mais quente melhor, Pacto de sangue, Crepúsculo dos deuses/Sunset Boulevard,
entre outros). Do cinema brasileiro, Deus e o diabo na terra do
sol, obra que traumatizou toda uma geração de cineasta, é um
filme de grande impacto, que me causou estupefação quando o vi nos já distantes
anos 60, mas que continuo sempre a rever. Não somente é o melhor filme brasileiro
de todos os tempos como pode ser incluído entre as maiores obras da história do
cinema.”
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