Rafael Teodoro, Revista
Bula
“Um movimento circular, no qual aquele que
nada tem a oferecer intelectualmente alimenta com sua arte quem já se encontra
morrendo de inanição cerebral
Talvez a necessidade de fluidez nos diálogos possa explicar, ao menos em parte, esse movimento de “encurtamento” das palavras numa língua. O interlocutor apressado deseja exprimir suas ideias e sentimentos com rapidez. Logo, usa de vocabulário que lhe proporcione a celeridade almejada. E é aí que a abreviação encontra campo fértil para desenvolver-se, porquanto parece ser de fácil compreensão que palavras curtas propiciam agilidade a uma conversa. Nos tempos presentes, na afamada “era digital”, esse movimento, outrora secular, acelerou-se. Hoje é possível notar sem dificuldades o recrudescimento do processo de abreviação das palavras de um dado idioma.
Para citar novamente o caso do “você”, nas redes sociais e nos programas de comunicação instantânea via internet, aquele pronome, cuja forma culta na atualidade já é uma redução da original, foi novamente “mutilado”, tornando-se um singelo “vc”. Idêntico fenômeno se observa no verbo “teclar”: quando usado na denotação de “acionar por meio de teclas”, o usuário da internet tem preferido um simples “tc”.
Essas transformações linguísticas, se de um
lado operam-se nos rastros das consequências sociais da globalização — aquilo
que o sociólogo Zygmunt Bauman chamou de “modernidade líquida” —, de outro
decorrem de uma tentativa de estabelecimento de um signo linguístico capaz de
comportar uma sociedade acelerada e sem freio. Eis o “idioma da velocidade”.
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2 comentários:
É assim que é a escrita rápida d a internet amigo, as pessoas procuram a forma mais simples e mais prática. Lógico quem a grande maioria sabe a hora de usar a liguagem comum. Se não esta gostando dessa adaptação a internet, se mata.
Se o sertanejo universitário é assim, imagine o sertanejo primário.
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