Dez anos sem Sabotage


Eduardo Nunomura, Farofafá
 
“Dez anos após sua morte, Sabotage é tema de dois documentários, uma biografia, um disco de músicas inéditas e um filme de ficção. Mauro Mateus dos Santos na cédula de identidade, “Maestro do Canão” para os colegas e o Maurinho dos amigos, o rapper brasileiro vem sendo homenageado de inúmeras formas neste ano. Uma complementa a outra, todas reverenciam o mito, mas o enigmático personagem persiste. Como arrisca Mano Brown, vocalista dos Racionais MC’s, na biografia oficial: “Daqui a 100 anos ele será conhecido quase como um santo católico.”

Se vivo estivesse, Sabotage estaria com 40 anos. Não completou 30, assassinado em 24 de janeiro de 2003, três meses antes de seu aniversário. O artista da periferia da zona sul de São Paulo é frequentemente descrito como um músico criativo e diferenciado, que tinha o esmero de fundir o samba ao rap ou que era influenciado por Chico Buarque, Pixinguinha, Noel Rosa, Caetano Veloso, Eminem e Jay Z.

O livro Sabotage, Um Bom Lugar, do escritor Toni C., é um bom começo para conhecer a vida de Sabotage, do nascimento até a sua morte. Embora não tenha conhecido pessoalmente o rapper, Toni C. realizou uma grande pesquisa com reportagens já publicadas e documentos públicos. Entrevistou ainda amigos, artistas como Mano Brown e parentes, como a mulher de Sabotage, Dalva. Em um trecho, é ela quem narra o assassinato do marido:

“Eu pedi para a médica: ‘Posso ver ele?’ Ela falou: ‘pode’, mas me perguntou primeiro: ‘quantos filhow você tem?’ Na hora que ela me perguntou aquilo eu… pela feição dela quando falei que tinha dois filhos… eu já falei, ‘pronto, ele deve estar lá dentro morto’.
Artigo Completo, ::AQUI::

Nenhum comentário: