Da BBC
O quarteto punk PKN venceu no domingo a eliminatória nacional, com a música Aina Mun Pitaa (Sempre Estarei Aqui, em tradução livre), com vocais raivosos e duração de apenas um minuto e 25 segundos.
Nas casas de apostas, o PKN já surge como um dos favoritos para a final do Eurovision, em maio. Talvez pela expectativa que a natureza especial de seus integrantes possa causar junto ao público votante.
Méritos musicais
No entanto, os finlandeses querem o reconhecimento por méritos musicais.
"Não queremos que o público vote porque tem pena de nós. Não somos tão diferentes do resto das pessoas. Somos caras normais com dificuldades mentais", disse ao jornal britânico The Guardian o baixista do PKN, Sami Helle.
O PKN será a primeira banda punk a participar do Eurovision nos 50 anos de história do concurso.
A ideia surgiu em 2012, quando os músicos se reuniram durante um workshop e acabaram virando tema de um documentário.
Aina Mun Pitaa é uma espécie de manifesto rebelde contra a vida cotidiana. A letra reclama de aspectos como uma alimentação saudável e de hábitos como fazer faxina.
Mudança de atitudes
Em entrevista à rede de TV finlandesa YLE, o vocalista Kari Aalto disse que o objetivo da banda é inspirar outros deficientes.
"Toda a pessoa com alguma deficiência pode ser mais corajosa".
Já Helle conta que o apelo da banda não se resume a fãs com deficiências.
"Estamos mudando atitudes e agora um monte de gente está vindo aos nossos shows".
O desafio para o PKN não é apenas o complexo sistema de votação do Eurovision e o fato de que o público normalmente vota em canções mais pop. A Finlândia conquistou o título apenas uma vez, há nove anos. Mas foi com um grupo também pouco convencional: os "metaleiros" do Lordi."
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