O ator Rodrigo Santoro na pele do jogador Heleno de Freitas |
“Heleno de Freitas, o jogador que morreu
pobre e louco num hospício de Barbacena, revive nas telas
Maria do Rosário Caetano, Brasil de Fato
O jogador Heleno de Freitas, que chega às
telas na pele de Rodrigo Santoro, viveu apenas 39 anos. Alguns deles, como
ídolo popular. Outros, como louco, num hospício de Barbacena (MG). Foi o astro
supremo do Botafogo, nos anos de 1940, sagrou-se campeão pelo Vasco da Gama,
passou pelo Boca Juniors, na Argentina, e pelo Barranquilla, na Colômbia.
A sífilis – que ele se recusou a tratar na
hora devida, por temer prejuízos a sua carreira – trouxe graves complicações a
uma vida vivida com rara intensidade. Seja no campo amoroso (era mulherengo
assumido), seja na relação com os colegas (via os jogadores de seu time como
pernas-de-pau que não davam o que deviam dar ao Btafogo), seja no trato com os
cartolas (chegou a ameaçar o técnico Flávio Costa, do Vasco, com um revólver),
seja no consumo de álcool e éter.
No auge de sua carreira como jogador, o
astro que os torcedores do Fluminense - para seu desespero - chamavam de
“Gilda” (referência à temperamental personagem de Rita Hayworth, no filme de
1946) teve seus méritos reconhecidos e enaltecidos. Pelos fãs e pelos
adversários. Por gente do calibre do flamenguista José Lins do Rego e do
fluminense Nelson Rodrigues. Também pelo escritor colombiano, Gabriel García
Márquez, que o viu jogar no Barraquilla. Por causa de Heleno, Armando Nogueira
tornou-se fiel torcedor do Botafogo.”
Foto:
Divulgação
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