Além da Escuridão
– Star Trek
|
Redação, Correio do Brasil / Reuters
“Em Além da Escuridão – Star Trek, a jovem tripulação da Enterprise, liderada pelo capitão Kirk (Chris Pine), vai correr sérios riscos ao perseguir um terrorista de outro planeta que ameaça destruir a vida na Terra. Movido por um espírito de vingança (seus motivos serão conhecidos na metade do filme), Khan (Benedict Cumberbatch) arma um plano eficiente para afastar Kirk da Terra para poder neutralizar sua espaçonave e colocar em prática seu projeto revanchista. O filme circula também na versão 3D.
Novos personagens foram criados pelo diretor J. J. Abraham (do seriado Lost, e do anterior Star Trek, de 2009), como a bela Carol (Alice Eve), filha do almirante Marcus (Peter Weller, de Robocop), a quem Kirk terá que se reportar.
Ela se incorpora à tripulação com a missão de encontrar Khan. A bordo, um arsenal bélico é despachado especialmente para a tarefa e sua origem continuará misteriosa durante boa parte do filme.
Como sempre, as atenções estão centradas em Kirk e Spock (Zachary Quinto). Quinto parece realmente uma versão jovem do carismático Leonard Nimoy (que faz uma aparição rápida), mas seu personagem passou por uma renovação tamanha que agora é até capaz de lutar como um ninja vulcano.
Também é pouco convincente seu romance com Uhura (Zoe Saldana), responsável pelas comunicações da nave. E Kirk é o jovem impulsivo que age mais sob a influência dos hormônios do que da razão. No final ele dará provas de seu espírito de sacrifício.
Talvez o melhor do segundo filme com a tripulação rejuvenescida seja o vilão Khan, que não tem nada de caricato. Ele é movido por sentimentos que, nos dias de hoje, seriam perfeitamente entendidos e até curtidos nas redes sociais, mesmo sem serem louváveis.
Em um momento, para defender sua causa, ele chega a se unir a Kirk, que aparenta ingenuidade, deixando o espectador com a pulga atrás da orelha: será que ele é mesmo confiável? Esse caráter dúbio, tão comum em vilões e heróis, é bem explorado pelo ator britânico.
Repleto de cenas de ação e perseguições
espaciais, o filme visa os fãs da saga, iniciada nos anos 1960 no seriado
televisivo que até hoje é reprisado. Mas, comparado ao espírito da série
original que chegou a inspirar versões cinematográficas com a tripulação já
madura o novo filme pode decepcionar aos saudosistas.
A banalização no uso do 3D não acrescenta
nenhuma novidade às cenas de luta, quando a técnica poderia ser utilizada para
valorizar as imagens espaciais, que sempre exerceram grande fascínio sobre
adultos e crianças.”
Um comentário:
Carol Marcus não foi criada por JJ Abraham. Ela aparece em Jornada nas Estrelas 2 - A Ira de Khan.
Postar um comentário