Em novembro de
1969, Carlos Marighella
caiu numa na
alameda Casa Branca,
em São Paulo, e foi assassinado
|
“Filmes trazem perspectivas mais
individuais e menos documentais do que foi o período de repressão no Brasil
A Mostra Cinema pela Verdade chega ao Rio de Janeiro na próxima semana com sessões dos filmes Infância Clandestina, de Benjamín Avila, e Marighella, de Isa Grinspum Ferraz, na terça-feira 25 e na sexta-feira 26 de junho. As apresentações acontecem no campus IFCS, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), seguidas de debates – no primeiro dia com o professores Demian Melo e Adriana Facina, ambos da UFRJ, e no segundo dia com o filho de Carlos Augusto Marighella, filho de Marighella.
O projeto é uma iniciativa da Comissão da Anistia, vinculada ao Ministério da Justiça, por meio do edital “Marcas da memória”, que apóia a realização de projetos que façam um resgate da história recente do Brasil.
Para Juliana Pestana, coordenadora da mostra, o contexto de manifestações populares, com questionamentos da população em diversos setores do País, aumenta a atualidade da mostra. “A temática da ditadura e da repressão dos militares nas ruas nunca foi tão atual. A gente ganha sim forças pra falar junto, explicar o contexto histórico de tudo isso”.
Juliana ressalta a importância das comissões da verdade na execução do projeto. "Apesar de não estarem vinculadas diretamente à mostra, as comissões estaduais são parceiras nas execuções. Elas ajudam na elaboração dos debates e, muitas vezes, dispõem de seus membros para conduzirem as rodas de conversa".
A mostra começou em maio e acontecerá simultaneamente em universidades dos 27 estados da federação até o mês de agosto. Em cada um deles, um universitário se responsabiliza por ser o agente mobilizador, quem organizará os debates e, o mais importante, quem irá divulgar o evento para os alunos. No Rio de Janeiro, a agente é Clarice Green, 23 anos, estudante de Ciências Socias na UFRJ.
“Por mais que já tenha passado alguns anos, o debate sobre a revisão da lei da anistia é muito presente. As feridas ainda não estão cicatrizadas”, diz Clarice. “Queremos resgatar a memória, a partir de filmes que são menos generalistas. Os filmes que trazemos foram concebidos a partir de pontos de vista de experiências individuais e menos documentais”.
Para ela, é uma oportunidade de repensar o que é a tortura e o que é a repressão no Brasil. “Uma das coisas que esse festival tem de bonito é resgatar um debate que a sociedade acredita estar superado, mas não está. A gente vive em um País que tortura muito, mas as pessoas não falam”, diz ela. “A ação da polícia é temerária há muito tempo. E não só: é a mesma polícia desde a ditadura”.
25 de junho, terça-feira
14h - Infância Clandestina, de Benjamín Avila
Local: UFRJ, prédio IFCS, térreo, Sala 106 (Auditório)
Capacidade do local: 150
Endereço: Largo de São Francisco n° 1 - Centro.
Debatedores: Professor de História da UFRJ, Demian Melo e Adriana Facina.
26 de junho, quarta-feira
14h - Exibição do filme Marighella, de Isa
Grinspum
Local: UFRJ, prédio IFCS, térreo, Sala 106 (Auditório)
Capacidade do local: 150
Endereço: Largo de São Francisco n° 1 - Centro.
Debatedores: Carlos Augusto Marighella, filho do guerrilheiro que foi um dos principais líderes da resistência contra ditadura militar no país.”
Local: UFRJ, prédio IFCS, térreo, Sala 106 (Auditório)
Capacidade do local: 150
Endereço: Largo de São Francisco n° 1 - Centro.
Debatedores: Carlos Augusto Marighella, filho do guerrilheiro que foi um dos principais líderes da resistência contra ditadura militar no país.”
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