(Renoir), de Gilles Bourdos, França, 2012, 111 minutos |
Do
Sul21
Este excelente filme passou rapidamente por
Porto Alegre durante o Festival Varilux deste ano. Faz parte daquele gênero de
filmes pictóricos que procuram captar a atmosfera da obra de um artista plástico,
no caso o impressionista francês Pierre-Auguste Renoir, pai do cineasta Jean
Renoir. Talvez seja o campeão do gênero. É um filme belíssimo que arrancou
fartos elogios no Festival de Cannes de 2012. Mas o foco não Renoir nem seu
filho. O foco é a linda e esquecida Andree Heuschling, também conhecida como
Catherine Hessling, última modelo do pintor. A história se passa no sul da
França durante a Primeira Guerra Mundial. Toda a casa gira em torno de Renoir,
que amava retratar mulheres e vive cercado delas.
Elas o carregam da casa para o estúdio e de
volta, em procissão.
Andree torna-se uma obsessão. Ele, mesmo velho e acabado pela
artrite, quer colocar na tela a maciez da pele dessa mulher. Justamente no
período focado, seu filho Jean é ferido na guerra, ganha uma licença e vem
buscar abrigo junto ao pai. A relação entre eles não é de antagonismo, mas é
fria. Auguste vive para sua pintura e Jean não sabe o que quer. O filme é
estrelado por Michel Bouquet, Christa Theret, e Vincent Rottiers.
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