O sério relativo, com Paul Schlase, Torny Revolori, Tilda Swinton e Fiennes |
Orlando Margarido, CartaCapital
O Grande Hotel Budapeste parte de escritos do
austríaco Stefan Zweig para descrever um período de transformação,
quando um mundo e sua sociedade começam a ruir. Tema sério, mas estamos
no cinema do americano Wes Anderson, afeito a um estilo cômico e de
excentricidades que torna tudo muito particular.
O diretor criou uma marca e ela se ressalta na
estética exagerada, colorida, nas atuações antinaturalistas e em um tom
no geral infantilizado. Curioso que desta vez incorpore a questão do ser
imaturo à trama e alcance resultado mais interessante.
Zweig é um ponto de partida, mas vago,
apenas no espírito, segundo Anderson declarou no Festival de Berlim
deste ano, que abriu com o longa. Talvez não tenha se dado conta das
significações que engendram textos como Viagem ao Passado e este escritor que morreu na imperial Petrópolis.
Porque é a decadência de uma era
aristocrática na passagem da Primeira Guerra Mundial, momento analisado
pelo autor em sua obra, a que assistimos no cenário do tal hotel do
título.
Ali, um bem relacionado concièrge (Ralph Fiennes) adota como protegido um lobby boy
(Tony Revolori), que amadurece enquanto o outro permanece na fantasia
que criou para si. Com o garoto, terá de fugir quando uma amante
milionária (Tilda Swinton) morre e lhe deixa um quadro valioso,
disputado também pelo herdeiro e seu capanga.
Um comentário:
Imperdível! Se quiser assistir, está aqui (e de graça he he):
http://www.filmesonlinegratis.net/?s=o+grande+hotel+budapeste&s-btn=Buscar
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