É preciso subverter o cinema gay


Por que o cinema gay comercial está
tão contaminado pelo amor romântico,
com homens belos em tramas açucaradas?
Bruno Carmelo, editor do blog Discurso-Imagem / Outras Palavras

“A situação anda complicada para o cinema gay nos cinemas recentemente. Por “cinema gay”, termo vago e contestável, entenda filmes que têm como foco central personagens homossexuais e/ou questões específicas aos indivíduos homossexuais. Em muitos casos, são filmes reservados ao gueto, que passam em cinemas específicos de grandes capitais.

Nestes últimos anos, Verão em L.A., Shelter e Weekend passaram em circuito comercial, enquanto produções como The Love Patient, Deixe a Luz Acesa e eCupid passaram em festivais gays, ou sessões gays de festivais de cinema. Em comum, os filmes acima têm uma abordagem plenamente idealizada do amor e do próprio indivíduo homossexual: estas seis histórias tratam de amores românticos entre jovens gays, todos belos, musculosos, brancos, sedutores, de classe média alta.

Seus conflitos são ligados apenas ao amor, figura fantasmática (“ele me ama, mas não podemos ficar juntos porque somos diferentes”, ou “eu o amo, mas ele não quer compromisso sério”, ou ainda “eu o amo, mas ele não me quer”). O relacionamento torna-se uma finalidade em si, neste mundo-bolha de pessoas bonitas e disponíveis, onde as mulheres servem apenas como mães, irmãs ou amigas dos protagonistas – já que a grande maioria dos “filmes gays” retrata a homossexualidade masculina.”
Artigo Completo, ::AQUI::

Um comentário:

Anônimo disse...

Aiai, nesses filmes tudo é lindo e fácil como foi dito no post. Os conflitos que realmente existe no mundo gay são na maioria a aceitação da sociedade e da família. Sou gay mas vivo no armário, tenho vontade de assumir mas o medo da rejeição por "amigos" é maior.