“E
isso não é bom, acrescentou o cantor e compositor pernambucano, na
abertura da 8ª Bienal de Arte e Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE),
que deve reunir 10 mil jovens até sabado em Olinda (PE); o músico disse
ainda que não acredita em partidos políticos e que o governo trouxe melhorias
em vários campos para o País
Mariana Tokarnia, Agência Brasil / Brasil247
Minutos antes de subir ao palco, na
abertura da 8ª Bienal de Arte e Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE),
o músico Lenine disse que a cada dia a cultura depende mais de subsídio do
Estado e que isso não é bom. "Quando a gente fala em financiar cultura,
vai ter que falar em eleger quem tem prioridade. Vai ser sempre dependente de
quem organizar isso", acrescentou.
Em entrevista à Agência Brasil, além de
abordar a cultura no país, Lenine falou sobre política - disse não acreditar em
partidos políticos - e lembrou o grande homenageado do evento, Luiz Gonzaga,
que completaria 100 anos em 2012. Ele lembrou que presta homenagem ao
sanfoneiro a toda hora. "Eu faço o tempo todo".
O cantor e compositor disse ainda que a
única maneira que tem de mudar o mundo é tentar melhorar as coisas à sua volta.
"Minha música fala mais que qualquer entrevista que eu possa dar". Para
ele, o governo trouxe melhorias em vários campos, especialmente na economia. Ele
citou a época em que a moeda desvalorizava em uma única noite. Agora, diz que
vê perplexo um Brasil que em vez de pedir emprestado ao Fundo Monetário
Internacional (FMI), empresta dinheiro à instituição.
Lenine manifestou satisfação em se
apresentar na Bienal da UNE. Disse que de alguma maneira continua jovem e lembrou
a época de estudante. "Ao longo da minha vida tive uma parceira, que chamo
de "senhora estranheza", que me levava a querer fazer um pouco
diferente, ir um pouco mais além. E está cheio de seres estranhos aqui. De
alguma maneira, me identifico com isso".
A 8ª Bienal de Arte e Cultura da UNE é
considerada o maior evento estudantil da América Latina e deve reunir em Olinda
cerca de 10 mil jovens de todos os estados até sábado 26. O evento inclui
debates sobre política estudantil e cultura em mostras de teatro, música,
cinema, seminários e apresentações de trabalhos acadêmicos. O tema desta edição
é A Volta da Asa Branca, uma homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga.”
Um comentário:
Enquanto cultura não for vendável, só com dinheiro público, por obrigação, é que ela será divulgada.
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