Se Puder… Dirija
entra para a história do cinema brasileiro
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Correio do Brasil / Reuters
“Se Puder… Dirija entra para a história do cinema brasileiro como o primeiro filme de não animação nacional realizado e exibido em 3D. Embora tecnicamente bem cuidado, não há nada que justifique a novidade tecnológica.
Escrita e dirigida por Paulo Fontenelle, essa é uma comédia sem muita graça. O próprio ator e comediante Luiz Fernando Guimarães parece desconfortável no papel de João, manobrista de um estacionamento que só causa decepções ao seu filho de 4 anos, Quinho (Gabriel Palhares), e à sua ex-mulher, Ana (Lavinia Vlasak).
Depois de chegar atrasado no final da festa de aniversário do filho, ele promete que vai passar seu dia de folga com o menino e participar de uma gincana na escola.
Mas tudo dá errado: João tem que trabalhar e, cobrado pela ex-mulher para ir buscar o menino na escola, decide pegar o carro de uma cliente (Barbara Paz) e cumprir sua missão. Na volta para o trabalho, com o menino e seu cachorro flatulento no banco de trás, começam os problemas. Eles são vitimas de dois assaltantes (Sandro Rocha e Alcemar Vieira), atropelam um ciclista (Reynaldo Gianecchini) e são multados por um guarda (Eri Johnson), entre outras coisas.
O grande problema em Se Puder… Dirija é a falta de graça das situações mal resolvidas ou dos diálogos. Ao contrário de comédias de sucesso recente, como Minha Mãe É Uma Peça ou Até que a Sorte nos Separe, a história não faz rir em nenhum momento. Guimarães parece desconfortável e desprovido de oportunidades para exercitar seu humor. E ele é bom nisso, vide os dois “Os Normais” ou os diversos programas televisivos, especialmente “TV Pirata”.
Apenas Leandro Hassum, como colega de trabalho de João, consegue a proeza de alguns momentos engraçados, tentando encobrir a escapada do outro.
O que fica parecendo em Se Puder… Dirija é que todo o esforço foi colocado no campo técnico, deixando de lado coisas básicas, como um bom roteiro com algum momento engraçado ou boas atuações do elenco.”
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