João Paulo Teixeira, Revista Bula
“O cinema noir criou uma nova estética
fílmica. A definição, criada a partir do idioma francês para definir
o gênero do "filme preto”, retrata o submundo das grandes cidades e como
os personagens complexos intercalam boas e más qualidades distribuídas ao
longo de um roteiro sofisticado cheio de reviravoltas. Outra
característica noir é o uso simbólico de sombras.
O filme “O Falcão Maltês”, de John Huston —
citado por muitos como o criador do gênero noir — guarda para o
final o teatro de espectros, como exemplo, um elevador
que lança sombras em forma de grades de cadeia no rosto da dissimulada heroína.
Em uma tendência completamente inovadora para o
gênero, o filme é feito em cenários impecavelmente arrumados, como quartos de
hotéis e escritórios, muito diferente da decadência apresentada
nos noir seguintes, como “Até a Vista, Querida”, de 1944, e “À
Beira do Abismo”, de 1946. O excelente protagonista, Humphrey Bogart,
evolui de um cruel vilão para o durão herói na pele de Sam Spade, um detetive
particular de São Francisco contratado para solucionar um misterioso caso. Sua
personagem cheira a genialidade investigativa misturada a charlatanismo.
Perceba a apresentação das personagens, aqui.
No meio da história, Spade se vê obrigado a auxiliar
na conclusão de outro mistério, o assassinado de seu parceiro — não tão amado
assim – e correr atrás de uma trupe de aventureiros traiçoeiros.
Todos eles estão empenhados em encontrar o
“falcão maltês”, peça descrita no letreiro inicial do filme como relíquia valiosíssima
de ouro maciço cravejada de pedras preciosas e, há muito, desaparecido depois
do furto a uma galé espanhola que o transportava há centenas de anos.”
Artigo Completo, ::AQUI::
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