Os amantes do vulcão


A diva e a intrusa. Anna Magnani mergulha
nas águas próximas de onde Roberto Rossellini
e Ingrid Bergman vivem sua paixão
Orlando Margarido, CartaCapital


“Em 1949, a Itália se dividiu entre a diva sísmica e a intrusa escandinava. Era assim que os jornais locais da época estampavam na primeira página a referência a duas mulheres que não se enfrentavam cara a cara, mas sabiam protagonizar uma disputa acalorada, digna de “uma erupção”. A primeira era um dos grandes amores do público italiano, estrela que crescia com o sofrimento na mesma medida em que a outra angariava antipatia. No centro do conflito entre Anna Magnani e Ingrid Bergman ninguém menos que Roberto Rossellini, um dos grandes diretores do neorrealismo, alheio ao escândalo e mais preocupado em terminar seu novo filme, Stromboli. Casado com Magnani, decidiu mantê-la longe da produção e chamou Ingrid para ser a estrela. Passaram a viver um estrepitoso caso de amor, ela ainda casada com um dentista.

A passagem é um dos momentos mais controversos dos bastidores do cinema e ganhou em 2000 um livro para detalhá-lo. La Guerra dei Vulcani (Le Mani, 320 páginas), A Guerra dos Vulcões, foi reeditado há dois anos e serve de base para um documentário de mesmo título lançado no recente Festival de Veneza. O nome diz respeito não só ao projeto de Rossellini numa das ilhas vulcânicas das Eólias, mas  ao filme protagonizado por Magnani, no mesmo período, na vizinha Lipari.”
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