Livro traça a genealogia do movimento hip hop


As origens do rap, do break e o impacto
dessas formas de expressão negra no
cotidiano da periferia paulistana são os
temas abordados pelo historiador
Rafael Lopes de Sousa
(foto:Cufa/Wikimedia)

Karina Toledo, Agência FAPESP
 
“A genealogia do movimento hip hop, desde suas influências africanas mais longínquas, passando pela popularização nos Estados Unidos durante os anos 1970 e a chegada ao Brasil na década de 1980, foi traçada pelo historiador Rafael Lopes de Sousa no livro O movimento hip hop: a anti-cordialidade da ‘república dos manos’ e a estética da violência, lançado pela editora AnnaBlume.

Mais do que um levantamento histórico, a obra busca compreender as demandas que os jovens da cultura hip hop trazem à tona, como eles se tornam porta-vozes da experiência negra e repercutem no cotidiano da periferia de São Paulo nos dias de hoje.

O primeiro capítulo investiga as bases históricas de formação da cultura hip hop, que segundo Sousa é composta por quatro elementos principais: a música rap (ritmo e poesia na sigla em inglês), a dança break, o grafite e as figuras do DJ e do MC (disc-jóquei e mestre-de-cerimônias). Foi no bairro nova-iorquino do Bronx, na primeira metade da década de 1970, que os quatro elementos se fundiram.

Por meio de uma pesquisa etnográfica, o historiador apresenta também o percurso do movimento em São Paulo, desde a década de 1970 até a atualidade. Aborda algumas de suas ramificações artísticas como as posses – encontro de grupos de rap – para realizar ações sociais em suas comunidades e promover disputas de dançarinos de break, os b-boys.”
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