Ainda buscamos um Führer diante de quem devemos nos inclinar?


Dirigido por Dennis Gansel, o filme 'A Onda' (2008) é 'baseado em fatos reais', característica que torna ainda mais tétrico o desenrolar da estória. E lança um mote angustiante: uma nova ditadura fascista seria possível na Alemanha dos dias atuais?

Flávio Ricardo Vassole, Carta Maior

Uma nova ditadura fascista seria possível na Alemanha dos dias atuais? Eis o mote para 'A onda' (2008), filme dirigido por Dennis Gansel. Filme “baseado em fatos reais”, característica que torna ainda mais tétrico o desenrolar da estória. (A história original teria ocorrido na Califórnia em 1967.)

− Contra o que a gente vai se revoltar hoje em dia? O que falta para a nossa geração é um objetivo comum para unir a gente.

Lemos nossa época por meio de uma síntese esboçada por um dos alunos de Rainer Wenger, professor de Ciências Políticas e Educação Física de um colégio de ensino médio. Os sobrenomes Wenger e Hitler não têm apenas o mesmo número de letras. Wenger é um professor algo desprezado pelos colegas. Visual e ideologia anárquicos, porte atlético – o prenúncio da combinação fascista entre teoria e prática.

O objetivo comum para unir os alunos começa a ser ministrado quando o professor Wenger, ao invés de dar um curso sobre anarquismo durante a semana livre de projetos, acaba tendo que discorrer sobre a autocracia. Ao menor prenúncio do tema III Reich, todos se entediam e se põem contrafeitos.

− Ah, não, de novo, não! Nós não podemos ser responsáveis por algo que não fizemos! Ademais, estamos além disso nos dias de hoje.

− Uma nova ditadura fascista, então, não seria mais possível na Alemanha? A pergunta de Wenger o estimula a pensar sobre a possibilidade de sobrevida do nacional-socialismo no microcosmo de sua sala de aula. Quando os alunos retornam do intervalo, a tradição volta a ordenar a sala.”
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