O fim dos “pancadões”?


Foto: Flickr/Cellula – juntos somos imensidão

Joseh Sillva, CartaCapital

“O estilo de música que mais motiva opiniões na periferia e na cidade é o funk. Não só por gerar polêmicas pelas letras, que em diversos casos abordam sexo, drogas e tráfico, assuntos mais questionados por quem gosta ou não da música. Alguns dizem que o conteúdo poderia ser mais “ameno, pois o ritmo é bom e faz a galera dançar”. É o que relata Carla de Souza, 27 anos, moradora do Jardim Capelinha, Zona Sul de São Paulo. Ela diz: “certas letras não escuto em casa, por respeito à minha família”. Para ela, o baile é o melhor espaço para ouvir as versões que classifica como as “mais pesadas”.

Carla tem a opção de ouvir as músicas onde deseja, mas não é sempre assim. Diversos moradores reclamam por motivo de som alto nas ruas das quebradas. Este era um problema constante para Sérgio Cícero, 26 anos, morador do Jardim São Luís. Cícero é pai de um casal de gêmeos recém-nascidos e teve de se mudar para Osasco, pois não sabia como lidar com o barulho dos carros em frente à casa onde morava de aluguel. “Todos os sábados, pela manhã, os caras começavam a lavar os carros e ligavam o som muito alto. Quando os bebês estavam com poucos meses, foi muito difícil, porque eles trocavam o dia pela noite e realmente parecia que o som estava dentro de casa”.

Cícero diz que nunca chamou a polícia para intervir, mas às vezes dialogava com os donos dos carros. “Eu falava com eles, mas cada vez ia chegando mais e mais jovens que ficavam por ali escutando música e batendo papo. Eu via que não era por maldade”.
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