“O Sonho de Wadjda” retrata opressão feminina no país

O Sonho de Wadjda é o primeiro filme produzido dentro da Arábia Saudita

Correio do Brasil / Reuters
 
“Exibido e premiado em festivais como Veneza, Roterdã e Abu Dhabi no ano passado, O Sonho de Wadjda é o primeiro filme produzido dentro da Arábia Saudita. E, o que é mais marcante, dirigido por uma mulher, Haifaa al Mansour, num país onde elas sofrem diversas restrições, não podendo nem mesmo conduzir automóveis.

Pior ainda, a Arábia Saudita não conta com salas de cinema oficiais, o que quer dizer que o filme não tem como ser mostrado por lá. A produção estreia apenas em São Paulo.

Coproduzido com dinheiro saudita e alemão, com participação das comissões de cinema de países muçulmanos mais liberais, como a Jordânia e Abu Dhabi e também do Sundance Institute e do Hubert Bals Fund, ligado ao Festival de Roterdã, O Sonho de Wadjda ultrapassa o recado politicamente correto que sem dúvida também carrega.

Seu roteiro, igualmente escrito por Haifaa, traça um painel agudo de uma sociedade que oprime as mulheres em seu cotidiano de forma assustadoramente onipresente e, o que é pior, com a participação das próprias mulheres.

A protagonista é a garota Wadjda (a estreante Waad Mohammed), de 12 anos, cujo comportamento chama a atenção na escola onde estuda, por coisas banais, como o fato de ela usar tênis, em vez de sapatos pretos, e eventualmente falar mais alto do que a diretora Hussa (Ahd) acha aceitável para uma mocinha.”
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