“Amor à Vida” nos faz pensar se a Globo não deveria dar uma chance à mulher de Silvio Santos

Rafael Teodoro, Revista Bula
 
“Seu enredo é uma costura de vontade (de retomar o caminho do sucesso da Globo) com clichês patéticos e total falta de senso crítico. E o que estamos a ver na tela é a gênese de um legítimo dramalhão mexicano — do pior quilate, por sinal. O México que se cuide!

— E como você, Ninho, fará para reconquistar o amor da Paloma?
— Vou sequestrar a nossa filha e levá-la para o Peru.
— A Paloma vai achar maneiro.

 
Ninho, um dos heróis românticos de “Amor à Vida” (2013).

Walcyr Carrasco começou sua carreira de autor de telenovelas no SBT com Cortina de Vidro (1989). Mas foi com “Xica da Silva” (1996), escrita para a TV Manchete sob o pseudônimo de Adamo Rangel, que experimentou seu primeiro êxito na carreira. A novela narrava as aventuras de uma escrava negra que, ao casar com um homem rico da sociedade escravagista brasileira, tinha de enfrentar o preconceito da elite daquele tempo. O ritmo ágil da trama, beneficiada pela ótima atuação da novata Taís Araújo, conquistou os telespectadores. “Xica da Silva” tornou-se um grande sucesso. Anos depois, após mais uma bem sucedida novela no SBT (“Fascinação”, de 1998), Walcyr Carrasco foi contratado pela Globo.

Na maior emissora do país, Carrasco estreou com “O Cravo e a Rosa” (2000). A telenovela, cujo enredo havia sido livremente inspirado na clássica comédia A “A Megera Domada” (The Tamming of The Shrew), de William Shakespeare, obteve enorme audiência na faixa das seis. Com isso, Carrasco escreveu outras novelas de época para o mesmo horário, como “Chocolate com Pimenta” (2003), igualmente bem sucedida. Sentiu então o gosto amargo do fracasso com “Sete Pecados” (2007), já na faixa das sete. Recuperou-se depois com “Caras & Bocas” (2009), mas patinou na audiência com “Morde & Assopra” (2011). Por fim, obteve relativo sucesso com o remake de “Gabriela” (2012) na novíssima faixa de “novelas das onze” da Rede Globo, apesar de praticamente ter cortado do roteiro a crítica salutar ao coronelismo e ao machismo baianos, marca indelével do romance de Jorge Amado, além de ter permitido que a dupla de diretores Mauro Mendonça Filho e Roberto Talma escalasse Juliana Paes para o papel principal — uma atriz tão ruim que sua maior contribuição para a teledramaturgia nacional até hoje foi ter sido capa da Playboy.”
Artigo Completo, ::AQUI::

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que Xica da Silva só fez sucesso pelas (muitas) cenas de nudez.