Brasil em Berlim: a vez dos jovens


Rui Martins, Direto da Redação

Berlim não tem longa metragem brasileiro na competição do  Festival de Cinema, Berlinale, mas concorre com três curtas, na mostra Geração, entre eles uma inédita coprodução brasileirovietnamita, O caminhão de meu pai , de Maurício Osaki.
Os outros dois curtas - Desestimação, de Ricardo de Podestá, e O pacote, de Rafael Aidar revelam uma geração emergente de cineastas brasileiros, preparando-se para ocupar o espaço deixado pelos veteranos do cinema nacional.

Esse mesmo quadro se revela, de maneira mais marcante, na competição internacional, onde cineastas e atores internacionais consagrados concorrem com realizadores em início de carreira. É o caso de Gus van Sant, Steven Soderbergh e o iraniano Jafar Panahi fazendo frente a jovens realizadores, cujos nomes começam a ser conhecidos.

Se na Berlinale anterior, foi uma jovem negra congolêsa, Rachel Mwanza, pouco mais que estreante, a ganhadora do Urso de Ouro como Melhor atriz, este ano participam da disputa Juliette Binoche e Catherine Deneuve face às emergentes.

A abertura será com o filme O Grande Mestre, do chinês de Shangai mas vivendo em Hong-Kong, Wong Kar Way, também presidente do júri da competição internacional e prêmio de melhor diretor, em Cannes, com Felizes Juntos, história de dois homossexuais chineses que buscam aventura em Buenos Aires.

O novo filme de Wong Kar Way, com projeção na noite do 7 de fevereiro, quando os convidados pisarão pela primeira vez na passarela de tapete vermelho, trata da vida do mestre chinês de artes marciais Wing Chun Kung Fu, Ip Man.

Na mostra Panorama Especial estão dois filmes brasileiros – Flores Raras, de Bruno Barreto, e Hélio Oiticica, de Cesar Oiticica Filho.
Uma atração será a coprodução argentino-brasileira, Habi, a estrangeira, da cineasta de Buenos Aires, Maria Florência Alvarez.

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