“Produzir um filme hoje no
Brasil é difícil, fazer com que ele chegue às salas de cinema, à programação
das TVs, é quase impossível. É o caso do diretor Cláudio Assis, autor dos
longa-metragens Amarelo Manga (2002), Baixio das Bestas (2006) e Febre do Rato (foto
- 2011). Todos foram premiados nos principais festivais de cinema do país e
receberam o título de melhor filme por um ou mais júris, mas o público em geral
não pode assistir. Em debate na 8ª Bienal de Arte e Cultura da União Nacional
dos Estudantes, Assis compartilha as dificuldade em ser cineasta e discute o
cenário com especialistas e estudantes.
“Trabalhamos, lutamos,
fizemos o melhor filme (Febre do Rato), mas ele não está nas salas do país. Circulou
inclusive pela Europa, mas chegou a poucos cinemas brasileiros. A produção
audiovisual brasileira não pode ficar só nos festivais. Temos que ocupar as
salas, temos que melhorar a distribuição”, diz Cláudio.
Segundo a Agência Brasil, ele foi rebatido
pelo diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Manoel Rangel,
também presente no debate, em
Olinda. Ele afirmou que o cinema ainda tem muitas falhas, mas
avançou muito ao longo dos últimos anos. Segundo ele, em 2003 o setor recebeu
R$ 40 milhões do governo federal e R$ 100 milhões em leis de incentivo. Em
2012, houve um crescimento de mais de seis vezes, o investimento do governo
passou para R$ 300 milhões e os incentivos mais que dobraram, alcançando R$ 250
milhões.”
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