Se Beber, Não Case! Parte 3 é o melhor filme da franquia


“Se Beber, Não Case! Parte 3″

 Correio do Brasil / Reuters

“Quando estreou em 2009, Se Beber, Não Case foi logo tema daquelas confrontações, mão única para lugar nenhum, sobre os limites do humor, a falta de bom gosto nas comédias atuais e, claro, os ensinamentos passados às crianças. Bem menos agressiva que um “Borat” (2006), por exemplo, a produção foi um sucesso porque, no fim, era engraçada.

A imagem de três caras que acordam (ainda um tanto drogados) de uma despedida de solteiro, da qual nada lembram, com um tigre na banheira (sabe-se depois, pertencente a Mike Tyson), um bebê perdido e um noivo desaparecido, funcionou.

Phil (Bradley Cooper), Stu (Ed Helms), Alan (Zach Galifianakis) eram complementares numa comédia que variava do humor nonsense, e muitas vezes repulsivo, de Galifianakis, ao trapalhão de Stu e o beligerante de Cooper.

O espectador passava a segui-los em uma insana desventura, refazendo os passos do trio em Las Vegas (EUA) para encontrar, enfim, o noivo Doug (Justin Bartha) e levá-lo ao seu casamento. Os roteiristas e o diretor Todd Phillips (este, acostumado a filmes no limite do bom gosto, como “Projeto X – Uma Festa Fora do Controle”) reciclaram elementos do gênero, mas conseguiram criar tramas que luzissem mais douradas do que essencialmente eram.

Quando sua sequência estreou, em 2011, foi encarada com certa decepção, mas não menos sucesso. Embora o humor estivesse ali, e desta vez ainda mais robusto, a repetição descarada do mesmo plot cheirou à tapeação, exceto para os fãs.

Mas, engana-se quem pensar que a terceira e, supostamente, última parte da franquia é mais do mesmo. Como melhor filme da trilogia, a história não se centra em uma noite que saiu do controle. Desta vez, o comportamento empedernido de Alan chegou ao limite do suportável por seus pais. Quarentão, com inteligência emocional de uma criança de colo, o rapaz para até mesmo de tomar sua medicação.

Quando decepa a cabeça de uma girafa de estimação ao passar com ela por um túnel rodoviário, seu pai, Sid (Jeffrey Tambor), não resiste à discussão com o filho e morre. Phil, Stu e Doug chegam para o velório e percebem o comportamento cada vez mais imprevisível de Alan e decidem interná-lo em uma clínica. Para convencer o colega, o trio aceita levá-lo de carro até lá.
No caminho, porém, eles são parados pelo chefão do narcotráfico Marshal (John Goodman), que sequestra Doug e lhes dá um ultimato: ele morre se não entregarem Mr. Chow (o comediante Ken Jeong, que sempre rouba a cena), cuja fuga de uma prisão foi apresentada no prólogo do filme.

O diretor Todd Phillips, que também assina o roteiro, acerta no tom épico para a conclusão da franquia. Embora controle bastante a escatologia, o humor mantém a mesma qualidade, especialmente por Jeong e a convidada especial (Melissa McCarthy), no papel da desequilibrada Cassie, par romântico de Alan.

Haverá sempre alguém a torcer o nariz pelo que entende como comédia e o que não devia entrar num filme. Outros também vão apontar para esta franquia a pecha de cinema de segunda categoria. Bobagens que ferem a lógica de diversidade e pluralismo. Além disso, dificilmente alguém não vai saber o que esperar desta produção na fila do cinema. Para fãs.”

2 comentários:

Unknown disse...

com toda certeza

SuperSogra disse...

Não é nem de longe o melhor filme da franquia è aguado! Nem ressaca tem nesse filme! È melhor que o dois mas pra mim poderiam esquecer os dois últimos filmes e ficar apenas com o primeiro