Paulo Virgilio, Agência Brasil
"Duas tradicionais instituições culturais vinculadas à Secretaria 
Estadual de Cultura do Rio estarão de cara nova em 2014. Projetada pelo 
escritório nova-iorquino de arquitetura e design Diller Scofidio + 
Renfro, a nova sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), em construção na 
Avenida Atlântica, Praia de Copacabana, tem inauguração prevista para o 
segundo semestre do ano que vem. Meses antes, em abril, a cidade recebe 
de volta a Sala Cecília Meirelles, localizada na Lapa, e submetida nos 
últimos anos a um processo de restauração.
Iniciativa do governo fluminense, em parceria com a Fundação Roberto 
Marinho, o novo prédio do MIS terá uma área de 9,8 mil metros quadrados e
 sete andares para dar, acesso ao público o vasto acervo da instituição,
 hoje distribuído por dois prédios, um na Lapa e outro na Praça XV, no 
centro do Rio. O novo espaço vai incorporar o acervo do Museu Carmen 
Miranda, atualmente instalado em um pequeno prédio no Parque do 
Flamengo.
As coleções da Rádio Nacional, de Almirante, Elizeth
 Cardoso, Jacob do Bandolim, Nara Leão e tantas outras ganharão destaque
 no espaço expositivo do novo MIS, que terá um andar dedicado aos vários
 gêneros da música brasileira, como o samba, o choro e a bossa nova, 
além de mostrar acervos de televisão.
De acordo com sua presidenta, Rosa Maria Araújo, com a nova sede “o 
Museu da Imagem e do Som deixará de ser apenas um centro de documentação
 para se tornar um local atraente, que preserva a memória cultural”. A 
área de documentação e pesquisa passará a usar tecnologia moderna. O 
projeto contempla ainda café, restaurante panorâmico, bar-terraço, 
livraria e cine-teatro.
A cineasta e cenógrafa Daniela Thomas assina o projeto de museografia
 da exposição permanente do novo MIS, que terá como curador Hugo Sukman.
 O museu também abrigará exposições temporárias nacionais e 
internacionais.
Palco privilegiado para a música de concerto, por conta de sua 
excelente acústica, a Sala Cecília Meirelles ocupa um prédio construído 
no final do século 19 para ser um hotel, transformado em 1948 em um 
cinema, o Colonial. Duas décadas mais tarde, o cinema deu lugar à sala 
de concertos, batizada em homenagem à poeta e pianista Cecília Meirelles
 (1901-1964).
O projeto de restauração, atualmente em fase final, tem como intenção
 criar um “diálogo” com o ambiente exterior. Dentro do prédio, os 
frequentadores terão uma vista inédita do Largo da Lapa. Do lado de 
fora, poderão apreciar a antiga lateral do Grande Hotel, que foi 
restaurada.
No interior, a sala receberá revestimento acústico, substituindo os 
antigos plissados, que absorviam os graves. A casa de espetáculos também
 ganhará novas instalações sanitárias, acessibilidade, elevadores, 
espaços de convivência – que incluem um café -, além de um segundo 
ambiente, no andar superior, para pequenos eventos culturais."
 

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